Quando soube que eu me casaria com um filho de húngaros, um amigo ainda brincou: "ué, vai casar com o drácula?" Ri, para descontrair, mas é claro que a ansiedade de conhecer os pais do noivo, numa viagem ao Espírito Santo, onde moram, tomava conta de mim há alguns dias. Como seria recebida? Eu, brasileiríssima, festeira e informal, diante dos futuros sogros, de tradição europeia, gestos contidos...
Pegamos o avião e deixamos a fria São Paulo, em direção ao sol e à praia capixaba. Minha sogra parecia adivinhar minha apreensão por esse encontro. Resolveu o problema com sabedoria e delicadeza, preparando uma receita de boas vindas que ela herdara de sua sogra, em 1964. É um bolinho de sabor suave, assado sem fermento, que vai bem com o café passado na hora, costume esse bem brasileiro, por sinal.
Pois é, minha sogra revelou-se tão acolhedora e boa anfritriã quanto qualquer um de nós. Eu me rendia ali, feliz, a essa nova família.
(E lá se vão seis anos).
"Catarina descabelada" (Borzas kati)
Massa
300g farinha de trigo
100g açúcar
100g manteiga
3 gemas
baunilha
Recheio
3 claras em neve
150g de açúcar
3 colheres (sopa) geleia de damasco
150g castanha de caju moída (ou nozes moídas)
Preparo
Primeiro, faça o recheio. Bata as claras em neve. Acrescente o açúcar, a geleia e as castanhas, misturando bem.
Para a massa: misture os ingredientes com a ponta dos dedos. Não sove. A massa deve ficar granulada.
Para montar numa assadeira, ponha metade da massa e compacte de leve. Espalhe o recheio e cubra-a com o restante da massa, apenas espalhando, sem compactar. Asse por 25 minutos.
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